Sera que só os EUA tem pessoas capacitadas e melhores tecnologia ?

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Talvez o maior impacto do DeepSeek chinês não esteja no quase um trilhão de dólares de perdas na bolsa americana, mas sim na semente da dúvida que ele plantou: será que tudo que a máquina de propaganda americana nos diz é realmente verdade ? Será que os Estados Unidos são tão superiores, tão excepcionais, como tanto alardeiam?
Talvez, só talvez, o resto do mundo também tenha gênios, capacidades e potencial — menores, maiores ou iguais — que desafiem a narrativa de supremacia absoluta que nos foi vendida.

O mundo não é mais o mesmo. A informação não está mais presa às amarras do medo de uma guerra com os EUA ou ao controle de uma imprensa que, por décadas, foi refém de interesses geopolíticos. As fronteiras caíram, e com elas surgiu um novo horizonte de possibilidades. Sim, ele pode dar vertigem, mas a humanidade sempre foi craque em se adaptar. As novas informações estão aí, cada vez mais acessíveis, e cabe a nós ousar estudar além do que os EUA querem que estudemos. O conhecimento não deve ter dono, nem fronteiras.

A globalização, tal como foi imposta, não precisa ser um modelo onde todos os países dependem de um só. Ela pode ser reinventada como uma rede de alianças múltiplas, onde nações se unem não para competir, mas para cooperar. Imagine um planeta que funcione como uma comunidade, em vez de um conjunto de países divididos em barreiras artificiais. O modelo atual, onde a divisão de classes se estende além das fronteiras, é uma aberração. Ele perpetua desigualdades não apenas dentro dos países, mas entre eles. Para derrubar as barreiras sociais internas, talvez precisemos primeiro entender que essas barreiras são globais e que sua manutenção serve a poucos, em detrimento de muitos.

O DeepSeek, em sua ascensão, nos lembra que o mundo é maior do que uma única narrativa. Ele nos convida a questionar, a buscar, a pensar além do que nos foi imposto. E, nesse processo, talvez descubramos que a verdadeira liberdade não está em seguir um único modelo, mas em construir um futuro onde todos possam contribuir, aprender e crescer juntos. Um futuro onde o planeta seja, de fato, uma casa comum, e não um tabuleiro de xadrez controlado por poucas mãos.

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