Quando eu era criança ouvia uma máxima muito perigosa, que era fale mal mas fale de mim. Onde mesmo numa calunia, como a maioria de quem recebe tal informação não vai saber de onde se originou, ao final a pessoa, caso tenha as ferramentas certas, teria a ganhar com a “exposição”.
Hoje vemos as redes sociais, onde pessoas fazem discurso de ódio, são “famosas” por culpa mas seguem sendo o mais ridículo e falado quanto possível. Isso gera notoriedade, gera “fama” e a nova forma de poder se chama engajamento.
Quando vemos a extrema direita brasileira, ou o fenômeno chamado bolsonarismo, vemos a pratica empírica de tal uso. Olhando para o resto do mundo e vendo Trump dizendo atrocidades, mas com elas ganhando manchetes, foi presidente e foi ate o final de seu mandato.
Hoje temos um novo cetro do poder, e como todos os momentos da historia, alguém da burguesia comanda o novo cetro, hoje tais cetros estão nas mãos de redes sociais, como foram da realeza, das igrejas, imprensa escrita, do radio, da tv, etc…
O clico não será quebrado enquanto ficamos brigando contra o dono atual do poder, este poder eh fluido e a imoralidade não esta no fato dele passar de mão em mão, esta no fato dele existir simplesmente. Devemos lutar contra o motor que cria tal poder e não contra os vetores dele.
Nos últimos 4 seculos damos o nome de capitalismo, e temos que lutar contra essa forma também, mas não somente isso, se bem lembramos o feudalismo foi derrubado com a ajuda da “burguesia” que hoje comanda o capitalismo. Precisamos acordar que tal poder tem que ser diluído, quando se concentra invariavelmente vai criar aberrações, exploração e injustiça.