Ao olhar para o mundo, percebemos que cada evento que ocorre é como um alfabeto, que nos permite contar a nossa própria história. Cada momento, cada contexto que esquadrinhamos, é uma oportunidade de nos conhecermos melhor e de nos enxergarmos de uma forma mais profunda.
Quando escolhemos um evento e decidimos o que dizer sobre ele, estamos inconscientemente revelando quem somos e como vemos o mundo. Ao descrever o mundo em voz alta, estamos na verdade nos descrevendo, praticando um olhar para dentro.
No entanto, ao compartilhar nossa visão com os outros, não estamos procurando por concordância, mas por uma conexão. Não esperamos que alguém concorde 100% conosco, mas sim que encontre pontos em comum e comungue conosco de alguma forma. Mesmo que sejamos diferentes e estejamos distantes, sempre haverá olhares de toque, pontos de encontro que nos conectam.
Afinidade é quando valorizamos e classificamos nossos pontos em comum. É quando reconhecemos que, mesmo com todas as diferenças, existem aspectos que compartilhamos com outras pessoas. Essa coincidência de pontos em comum nos aproxima e nos torna mais próximos uns dos outros.
Por isso, te convido a olhar-se comigo. A olhar para o mundo e para si mesmo, a reconhecer os eventos que escolhemos e as histórias que contamos. A observar como nossas palavras e nossas visões refletem quem somos e como nos enxergamos.
Ao olhar para o mundo, estamos na verdade olhando para dentro de nós mesmos. Estamos explorando nossa própria história, nossos valores, nossos medos e nossos sonhos. É um exercício de autoconhecimento e de conexão com os outros.
Então, vamos olhar-nos juntos? Vamos compartilhar nossas visões e encontrar os pontos de encontro que nos conectam. Vamos valorizar nossas afinidades e reconhecer que, mesmo sendo diferentes, temos muito em comum.